Apesar de toda positividade, não há como negar que a crise nos afeta. Mesmo que ela não arrombe nossa porta, só de vê-la passar pela janela, já nos causa desconforto. Isso é aceitável, mas a forma como você reage a esse sentimento é o que realmente vale.
A crise está aí para nos provar que a segurança e estabilidade simplesmente não existem. Aquelas “crenças sagradas” das últimas décadas: a semana de trabalho de quarenta horas, as férias anuais, a garantida de emprego, a aposentadoria com 65 anos de idade e até o concurso público…. Nada disso faz mais sentido.
O que preciso dizer imediatamente a você que está desconfortável com a crise é: não procure um porto seguro para esperar o fim da tormenta, porque o vento da mudança é implacável. Na verdade, eles tendem a ficar mais fortes e intensos, batendo a porta dos grandes e dos pequenos… A previsão do tempo é a mesma.
Em tempos de crise: por que a mudança é tão complicada?
Estudos comprovam que o ser humano só reage diante de uma mudança quando enxerga a necessidade. São raros os casos de transformação sem que exista um fator desencadeador. Em outras palavras, a saída da famosa zona de conforto, que nada mais é do que a nossa acomodação diante de uma situação ou até mesmo perante nossas crenças, só acontece quando não temos para onde correr..
Robert Kriegel e David Brandit, no livro “Vacas Sagradas dão os Melhores Hambúrgueres”, apresentam a seguinte reflexão: “Os processos são fáceis, as pessoas que são difíceis”. A experiência prova que as pessoas têm uma resistência natural a mudança.
Para elas, a mudança é desconfortável, imprevisível e muitas vezes aparenta ser insegura. (Mas segurança, lembram, é algo que não existe nem na zona de conforto). Mudar é um verbo repleto de incerteza e sempre parece mais difícil do que é.
A mudança nos coloca de frente para o desconhecido e isso tende a nos fazer despertar os piores medos como: ser demitido, criticado, humilhado, desentendido, etc. Então, acabamos “não arredando o pé” de onde estamos.
Como a maioria reage a transformação
É assim, se travando com resistência ativa, passiva, consciente, inconsciente, através da autossabotagem, do subterfúgio e de diversas outras maneiras. Podem resistir de maneira racional, emocional e às vezes espiritual.
No livro que citei, e que forneceu grandes insights para este artigo, os autores comentam de uma pesquisa que envolveu 1.200 administradores de alto escalão da IBM, feita após a empresa já ter caído em desgraça, mostrou que 40% ainda não aceitavam a necessidade da mudança.
Interessante é pensar que a mudança começa a partir do fim de um período, de uma era, de um processo, de algo que tínhamos como “certo”. E mesmo nos casos em que a mudança surja para melhorar nosso status, ou seja, quando estamos nos livrando de um problema ou migrando para algo que significa melhoria, ainda sim podemos resistir.
Como os bons reagem a mudança
A capacidade de reagir positivamente as tais mudanças, pode nos fazer bem. Indivíduos que não se acovardam diante da mutação são mais bem sucedidos. Quando alguém é motivado dessa forma, está transferindo a resistências para a prontidão. Ou seja, se mantém preparados para o que vier.
Conquanto isso não seja tão fácil de conseguir, é melhor do que não se mover. Esse modelo de agir bem diante do que está mudando, nem sempre é conseguido facilmente, num passe de mágica. Não uma é uma entrega do Sedex, mas um processo demorado. Porém, de qualquer forma, precisa ser desenvolvido.
A prontidão para a mudança é uma atitude que envolve:
- Ser receptivo a novas ideias;
- Ser estimulado em vez de ansioso em relação a mudança;
- Se sentir desafiado e não ameaçado pelas transições;
- Estar comprometido com a mudança como um processo contínuo.
Os excelentes criam a mudança
Entre os que permanecem travados e os que dançam conforma a música, estão os que criam a mudança (e também criam na crise). Trazendo para o nosso contexto, com a crise em evidência, profissionais e empresas excelentes é quem determinam como a mudança será.
Parece utópico, fantasioso, quando você entende que transições como essas tem o poder sobre nossas próprias vidas. Mas a verdade é que fatores externos jamais poderão liderar o que está dentro, a não ser que seja permitido. Portanto, criar a mudança é dizer como as coisas serão feitas.
Promover a mudança é empreender ações para:
- Antecipar e iniciar a mudança;
- Desafiar o status quo;
- Criar em vez de reagir à mudança;;
- Liderar em vez de seguir a boiada;
- Formar a opinião em vez de seguir o pensamento de outros (cliente, concorrência e indústria).
O segredo é não dar desculpas e evitar se fazer de vítima. Ainda que as coisas estejam escuras, complicadas, em crise, é possível aproveitar esse momento para amadurecer rápido, e como gostamos de falar aqui: acelerar! E para fechar, vale a pena lembrar: quem não possui problemas também não tem sucesso!
“A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro”. – John Kennedy
Tire o “S” da Crise e terá: “Crie!”
Para completar a reflexão, confira o vídeo do Pedro Quintanilha!
ATENÇÃO: REUNIÃO EXCLUSIVA PARA INFOPRODUTORES, EMPRESÁRIOS DIGITAIS OU PROFISSIONAIS ESPECIALISTAS QUE VENDEM OU DESEJA VENDER CURSOS ONLINE, MENTORIAS E SERVIÇOS PELA INTERNET…
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